A Secretaria Municipal de Saúde solicitou ao Governo de Minas o envio do carro fumacê para combater os focos do mosquito Aedes aegypti em Pará de Minas. Considerada uma das últimas alternativas de eliminação do vetor - por se tratar da aplicação de substância química - o equipamento se tornou necessário diante da escalada de casos de dengue e chikungunya no município.
Atualmente, a Secretaria de Saúde já aplica o fumacê, através de bombas costais, em áreas estratégicas e com maior número de focos do vetor. Já o carro, solicitado junto ao Estado, emite uma "nuvem" de fumaça com doses de um agrotóxico que elimina a maior parte dos mosquitos adultos.
A substância utilizada é o Cielo-ULV. Ela foi aprovada em substituição ao agrotóxico utilizado anteriormente, o Malathion, devido aos riscos para a saúde humana. A última vez que o carro fumacê esteve em Pará de Minas, ele percorreu 16 bairros por cinco vezes.
Segundo autoridades de saúde, a dose usada em uma aplicação é segura para a saúde, no entanto, se a aplicação for muito frequente o agrotóxico pode causar danos no sistema nervoso. Por isso, é fundamental o agendamento e o planejamento correto na aplicação.
O pedido do carro fumacê foi feito há alguns dias, mas a secretaria ainda aguarda respostas do Governo de Minas. Enquanto isso, a dengue segue fazendo vítimas na cidade. Desde meados de janeiro, o movimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) aumentou consideravelmente, e boa parte dos pacientes apresenta sintomas de dengue.
Um exemplo é o que acontece na UBS João Paulo II. A agente de saúde Delmácia Apolônio de Oliveira recebeu a reportagem do Jornal da Manhã e falou sobre a procura no dia a dia.
Um dos pacientes com dengue que precisou de atendimento na UBS foi Itamar Gomes de Oliveira, morador do povoado de Costas. Ele foi infectado na roça, lugar onde achou que estava livre do perigo.
Apesar da possibilidade do carro fumacê, o melhor remédio contra a dengue continua sendo a prevenção. E na nova atualização do Boletim Epidemiológico da Dengue, Pará de Minas aparece com 1.496 notificações prováveis e 33 casos confirmados. A cidade não tem óbitos suspeitos. Na comparação com segunda-feira da semana passada, dia 19, Pará de Minas apresentou aumento de 259 casos prováveis da doença.
