Os problemas com os CTIs destinados à internação de pacientes com a Covid-19 vão muito além da superlotação de leitos. Na medida em que a pandemia avança, as instituições de saúde esbarram agora em outro grande desafio – encontrar profissionais disponíveis. E Pará de Minas está vivendo de perto essa realidade.
Apesar de anúncios diários, nem a Secretaria Municipal de Saúde nem o Hospital Nossa Senhora da Conceição têm conseguido atrair médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e outras especialidades diretamente ligadas ao tratamento do coronavírus. Os salários são atrativos, muitas vezes até acima do mercado, em tempos normais.
A questão é mesmo a falta de profissionais. A maioria está dobrando jornadas para compensar a ausência daqueles que foram afastados pela exaustão ou por ter contraído a doença. Existe ainda uma parcela que preferiu se afastar dos plantões com medo de perder a vida, já que a rotina hospitalar está cada vez mais puxada. Tem ainda os profissionais que estão esgotados mental e fisicamente.
E nessa situação, a necessidade de ampliação dos leitos fica cada vez mais comprometida. O Hospital Nossa Senhora da Conceição, por exemplo, que está prestes a reabrir mais 10 leitos no CTI da Covid não poderia fazer isso hoje, caso houvesse necessidade – faltaria o essencial, mão de obra qualificada.
A administração do hospital está intensificando as divulgações, na expectativa de atrair profissionais nos próximos dias. Felizmente, nos atuais leitos em funcionamento ainda há vagas porque o movimento da semana está menos intenso que dias atrás. E vamos à atualização do avanço da Covid aqui no município. O boletim da Secretaria de Saúde confirma que já temos 1530 casos, sendo que 95% já estão curados. Os acompanhamentos domiciliares subiram para 44. O número de pessoas internadas caiu para 4 e os óbitos se mantém em 36.
Fotos: pixabay.com e Prefeitura de Pará de Minas