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Dia Internacional da Mulher: homenagens, reflexões e a dura realidade: no Brasil uma mulher é estuprada a cada 10 minutos

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A terça-feira amanheceu de forma especial, em comemoração ao calendário que lembra o Dia Internacional da Mulher. A data, que já foi alvo de discriminação, atualmente é marcada por homenagens que chegam de diversas formas.

O sexo feminino continua sendo alvo de discriminações, o que ainda deve levar um bom tempo para acabar, mas ninguém deixa de reconhecer a grande virada protagonizada pelas mulheres, seja na vida familiar e profissional.

Nas salas de aula, sobretudo no ensino superior, elas são maioria. Nas empresas, enquanto funcionárias, se destacam pela responsabilidade, dedicação e competência. Muitas, inclusive, exercendo funções que antes eram ocupadas só pelos homens,

Mesmo assim elas continuam enfrentando barreiras na remuneração. De acordo com um estudo feito pelo Sebrae Minas, 70% das entrevistadas ganham menos que os homens. Já como proprietárias de empresas, a representatividade feminina alcançou 46% do universo do empreendedorismo do país e a tendência é que esse índice cresça mais rapidamente a partir de agora, uma vez que as mulheres estão em busca constante de aprimoramento profissional.

Outro dado que deve contribuir para maior presença delas no mercado de trabalho é a própria população feminina. Em grande parte dos municípios brasileiros elas são maioria. Pará de Minas se encaixa nesta situação. O último levantamento do IBGE mostra que as mulheres já são 51% da população local. No total, elas representam 42.576 habitantes, contra 41.639 homens. 

As mulheres também representam a maioria do eleitorado local. Segundo consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral, o município tem 33.783 eleitoras, contra 30.611 eleitores. Números à parte, o que o sexo feminino tem de sobra é a essência humana. As mulheres têm mais jeito para lidar com os conflitos, conseguem enxergar melhor as soluções para os problemas e, acima de tudo, são reconhecidas pelo coração enorme e a capacidade de se dedicar ao próximo.

Mas apesar de todas essas virtudes, as mulheres ainda são vítimas de muita violência. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano passado uma mulher foi estuprada a cada dez minutos no país.

Ao todo, 56 mil casos chegaram ao conhecimento das autoridades. E o número pode ser maior, tanto pelo fato da maioria dos crimes ocorrer dentro de casa como pela dificuldade de notificação durante o isolamento mais rígido da pandemia. O estudo também mostrou que quase metade dos homens brasileiros acredita que as mulheres têm uma reação exagerada quando se dizem vítimas de abuso em ambientes virtuais.

Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia que os dois anos de pandemia deterioraram as condições de vida das mulheres no mundo, especialmente a saúde mental, o retorno à vida profissional e o aumento da violência de gênero.

A sobrecarga mental do trabalho doméstico causa maiores riscos de estresse e depressão entre as mulheres do que entre os homens. E ela foi reforçada pelo teletrabalho, cuidados com os filhos em casa e restrições de mobilidade. Sem falar naquelas que foram forçadas a renunciar porque não conseguiram lidar com o duplo estresse de sua profissão e a sobrecarga mental do lar, afirmaram os estudos.

Foto: Ilustrativa







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