De volta de uma semana cheia de compromissos políticos em Brasília e Belo Horizonte, o prefeito Elias Diniz teve agenda movimentada ontem, em seu gabinete. Mesmo assim, ele recebeu a reportagem do Jornal da Manhã por alguns minutos, mas se recusou a fazer qualquer comentário sobre a reunião dos lojistas do centro da cidade, a respeito das obras pluviais.
Elias disse que oficialmente nada sabe, porque ainda não recebeu nenhuma manifestação da diretoria da Associação Empresarial (Ascipam). A entidade ficou encarregada de reunir os comerciantes da região central e ouvir a opinião deles sobre o projeto que pretende acabar com as inundações.
O prefeito informou ao JM que se manifestará somente depois de conversar com a diretoria da Ascipam. Ele quer receber um documento com relatos detalhados sobre as manifestações da reunião de quinta-feira. Conforme já noticiamos, os lojistas reconhecem a necessidade da obra, orçada em R$4 milhões. No entanto, eles consideram o momento inapropriado, uma vez que a previsão de conclusão dela é de cinco meses.
Eles também reclamaram da ausência de representantes da prefeitura para esclarecimento de dúvidas. A outra queixa foi pela demora no início das conversações com as partes interessadas, uma vez que a licitação aconteceu em fevereiro e o projeto só foi apresentado agora. Mas apesar do silêncio do prefeito Elias Diniz, nossa reportagem conseguiu conversar com o secretário de Obras, José Cornélio de Oliveira.
Quanto ao prazo de duração da obra, caso ela venha a ser executada, o secretário preferiu não arriscar:
O secretário José Cornélio informou ainda que os R$4 milhões previstos nesta obra poderão ser destinados a outros projetos. Não se trata de ‘verba carimbada’, portanto, a aplicação pode ser transferida para outros fins:
O Jornal da Manhã perguntou ao secretário o motivo pelo qual ele não participou da reunião dos lojistas, para esclarecimento de dúvidas. José Cornélio respondeu que não queria interferir na decisão deles.
