A greve dos servidores da educação de Minas Gerais já começa a surtir efeitos em Pará de Minas. A partir de hoje, as aulas na Escola Estadual Professor Wilson de Melo Guimarães, no bairro JK, estão suspensas e sem previsão de retorno devido à paralisação dos professores.
Outras escolas também devem ser afetadas total ou parcialmente nos próximos dias, segundo admitiu Rondinelli Alves, diretor da subsede de Pará de Minas do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE).
Segundo ele, 30 professores sinalizaram adesão ao movimento, sendo a maioria deles das escolas Professor Wilson de Melo Guimarães e Ademar de Melo. Nesta última, inclusive, o sindicalista prevê suspensão total das aulas caso os servidores confirmem a paralisação.
Ainda de acordo com Rondinelli, outras instituições devem ser afetadas parcialmente, caso das escolas Fernando Otávio, Governador Valadares, Manoel Batista, Nossa Senhora Auxiliadora e Padre Libério. Nesses estabelecimentos, no entanto, somente algumas matérias não serão lecionadas.
Como a greve está no início e sem previsão para acabar, ainda não há informações precisas sobre as paralisações e quais os efeitos delas nas 17 escolas estaduais de Pará de Minas. Nova assembleia da categoria será realizada no próximo dia 16.
Ao longo do movimento, Rondinelli pretende conversar com as comunidades escolares promovendo a conscientização sobre a importância da valorização dos profissionais.
Os trabalhadores da educação não aceitam a proposta apresentada pelo governo de Minas, de reajuste de 10,06% nos salários, com pagamento retroativo a janeiro, e querem o piso nacional da categoria que, no início de fevereiro, foi reajustado em 33,24%.
Com isso, o valor chega a R$ 3.845,63 para uma jornada de 40 horas semanais. Segundo Rondinelli Alves, a categoria não quer recursos do caixa estadual, e sim a parte a que tem direito do Fundeb.
O governo de Minas Gerais se posicionou sobre a greve através de nota, afirmando que tem mantido o diálogo com a categoria para debater as reivindicações e tentar chegar a um acordo. O texto cita, também, a proposta de reajustar o salário dos servidores em 10,06%, classificando esse índice como correspondente às perdas inflacionárias. O projeto aguarda votação da Assembleia Legislativa. Ainda segundo a nota, a Secretaria Estadual de Educação acompanhará a adesão ao movimento nas escolas.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz
Foto: Rondinelli Alves
