A cratera que, aos poucos, está avançando na rua José Gregório, no alto do bairro Nossa Senhora das Graças, foi um dos assuntos de destaque na reunião da Câmara Municipal nesta semana.
Representando a comunidade, um grupo de moradores recorreu aos vereadores na tentativa desesperada de evitar uma tragédia. O problema é antigo e tem origem na queda do muro do Campo do Rio Branco.
Desde então, a vala vem aumentando de tamanho, o que tem provocado um pesadelo na vizinhança. No período das chuvas a situação se agravou de tal forma que o trânsito foi interditado.
A comunidade cobra solução urgente da Prefeitura de Pará de Minas e não aceita o argumento de que a solução para a rua depende das obras no Campo do Rio Branco, que está abandonado há um bom tempo.
O grupo que compareceu à Câmara elegeu três representantes para fazer um pronunciamento na tribuna e os depoimentos emocionados demonstraram o desespero das famílias.
Michele Duarte taxou a situação como fruto da irresponsabilidade do poder público, dizendo que a erosão aumentou rapidamente depois que a rua virou rota do transporte escolar.
É que os alunos do Centro Infantil Geraldo Martins Ferreira e Melo – que fica na Praça Galba Veloso e entrou em reforma – foram transferidos para a área das barraquinhas da Igreja Nossa Senhora das Graças:
Silvino Barroso também vem acompanhando a situação com muita preocupação.
O advogado João Bosco Vitória chegou às lágrimas ao descrever a triste realidade. No ano passado ele protocolou um ofício na Câmara, pedindo apoio dos vereadores para essa causa.
João Bosco acredita que o problema poderia ter sido minimizado se a prefeitura tivesse instalado dois bueiros naquela rua. Devidamente interligados, eles seriam capazes se absorver boa parte da água das chuvas:
A Comissão de Obras da Câmara também quer solução rápida, como deixou claro o vereador Nilton Reis, o Niltinho do São Cristovão. O vereador Marcílio disse também que está acompanhando o caso de perto e espera por solução:
O prefeito Elias Diniz está em Brasília, desde o início da semana, e ainda não tomou conhecimento da nova manifestação dos moradores. Já o secretário de Obras e Infraestrutura, José Cornélio de Oliveira, informou ao JM que a solução do problema precisa ser dada de forma conjunta:
A expectativa do secretário é que a obra possa ser iniciada ainda neste semestre.
