Um homem de 39 anos, natural do município de Mãe d’Água, no estado da Paraíba, procurou o Jornal da Manhã para denunciar possíveis irregularidades cometidas pela empresa que está construindo o novo Fórum de Pará de Minas, no bairro Cores de Minas.
Cleiton Querles Alves Ramos é carpinteiro e chegou à cidade há três meses, atraído pela proposta de emprego que recebeu em um grupo de WhatsApp. A empresa anunciou que também iria oferecer alojamento no bairro São Francisco e alimentação.
Mas com o passar do tempo, Cleiton foi percebendo que a esperança de conseguir uma vida melhor em Pará de Minas se transformou em pesadelo e ele diz que outros trabalhadores vindos do Nordeste vivem o mesmo problema.
Cleiton informou também que foi dispensado sem justificativas e a partir daí se envolveu em outra triste situação. Voltando ao canteiro de obras para cobrar seus direitos trabalhistas foi mal interpretado. A presença dele foi vista como uma ameaça pelos representantes da construtora e no final acabou sendo preso.
Liberado, ele agora quer justiça e o pagamento referente à indenização trabalhista:
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Pará de Minas informou que as denúncias feitas por Cleiton já foram protocoladas por outros trabalhadores na entidade.
Segundo o assessor de Base, José Roberto de Souza, o sindicato já está tomando as providências cabíveis, mas não conta com apoio da empresa, no caso a R&R Engenharia, responsável pela obra.
Sobre a mediação solicitada no Ministério do Trabalho, José Roberto explicou o que pode ser negociado.
Além das providências tomadas no âmbito das relações trabalhistas, o sindicato também notificará o Ministério Público sobre o caso. Segundo José Roberto, é preciso que as autoridades judiciais analisem a situação dos trabalhadores que vêm de outros estados:
O Jornal da Manhã tentou fazer contato com a R&R Engenharia, mas todas as ligações feitas no número de telefone que consta no site da empresa não foram atendidas. O espaço segue aberto para os esclarecimentos da mesma. Nós também solicitamos uma posição do Tribunal de Justiça de Minas Gerais acerca dos acontecimentos, mas ela ainda não chegou.
