O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está atento ao volume de água nos reservatórios das hidrelétricas das regiões Centro-Oeste e Sudeste do país. No final de janeiro, eles atingiram o menor nível de água para o mês, desde 2015. Esses reservatórios são considerados a “caixa d’água” do Brasil, já que são responsáveis por mais da metade da energia produzida no país.
No entanto, até o final do último mês eles registraram armazenamento médio de pouco mais de 23%.O cenário é reflexo da pouca quantidade de chuvas nas duas regiões. Mas como o período chuvoso vai de novembro a abril, a expectativa é que elas aconteçam com mais frequência nos próximos meses, do contrário sentiremos os impactos da seca.
Esse tipo de informação preocupa bastante os paraminenses porque a cidade foi fortemente atingida por uma crise hídrica anos atrás, deixando muitas famílias sem água em casa. A boa notícia é que esse cenário não vai se repetir, segundo declarou o superintendente da concessionária Águas de Pará de Minas.
Rodrigo Macol garante que a nova realidade é bem diferente. A empresa monitora a vazão de água o dia todo:
Atualmente, a água tratada e distribuída à população de Pará de Minas está sendo captada nos ribeirões Paciência e Paivas, além da captação emergencial constituída pelos córregos Moreiras e Cova Danta e dos poços profundos, seguindo todos os padrões de qualidade exigidos pelo Ministério da Saúde.
Como a concessionária não pode utilizar água do Rio Paraopeba, pela contaminação dos rejeitos oriundos da barragem que se rompeu em Brumadinho, a grande esperança é a captação do Rio Pará que está quase pronta. Macol não deu previsão de quando o novo sistema entrará em operação, mas destacou que isso ocorrerá em breve.
Apesar de a concessionária monitorar e administrar o abastecimento de água na cidade, o superintendente pede à população que faça o uso consciente, sem desperdícios. O município tem cerca de 40 mil ligações de água.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
