O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pará de Minas não gostou da proposta de revisão salarial do funcionalismo apresentada pela prefeitura. O índice de 3,71% foi considerado abaixo do ideal, podendo ter impacto significativo em algumas categorias.
A afirmação é da presidente da entidade de classe, Tânia Valeriano Chaves Leite. Em entrevista ao Jornal da Manhã, a presidente da entidade, Tânia Valeriano Chaves Leite, disse que o valor proposto manterá 11 classes de servidores ganhando abaixo do salário mínimo, que é de R$ 1.412,00.
A sindicalista apresentou uma planilha, mostrando os números. Pelo documento, hoje o menor salário pago na prefeitura é de R$ 1.334,04, e com a revisão de 3,71% ele chegaria a R$ 1.383,53. Esse valor não inclui o PAS – Programa Auxílio Servidor – de R$ 250.
Ainda de acordo com informações da entidade, as categorias envolvidas nesta faixa de classificação no Plano de Cargos e Carreiras são: coveiro, servente contínuo, servente escolar, vigia, auxiliar de serviços gerais, borracheiro, ajudante de obras e serviços, cozinheiro escolar, jardineiro, servente de obras e maqueiro plantonista. São cerca de 660 servidores ativos:
Ainda na planilha, o sindicato estipulou em 7,62% o índice ideal de revisão para que os servidores tenham ganho real nos salários. Tânia Leite disse ter ficado indignada com os números propostos pela prefeitura e lamentou a falta de diálogo do Executivo com a entidade, entendendo que esse seria o caminho correto na elaboração de um projeto que atendesse ao funcionalismo:
Em resposta ao posicionamento do sindicato, o prefeito Elias Diniz reafirmou a justificativa apresentada no projeto de lei, de “observância dos limites de endividamento com a folha de pagamento”, e destacou que a cada percentual o impacto nas contas municipais é milionário:
Nós também questionamos Elias Diniz sobre a ausência de diálogo com o Sindicato dos Servidores Públicos:
Diante da ausência de debates, o sindicato recorreu à Câmara Municipal na tentativa de sensibilizar os vereadores a respeito da sua reivindicação. A diretoria da entidade se reuniu com nove vereadores e apresentou a mesma planilha mostrada ao Jornal da Manhã.
Segundo Tânia Leite, ficou acordado que a Câmara agendará uma reunião com a prefeitura na tentativa de chegar a um denominador comum. Se esta alternativa não resolver, uma audiência pública será realizada, provavelmente na Câmara Municipal.
Fotos: Amilton Maciel - Rádio Santa Cruz FM e Ascom Prefeitura Municipal de Pará de Minas