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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Na barra do dia

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O melhor momento do meu dia é o momento que ele começa. Assim, como uma criança fica ansiosa para abrir a caixa de presentes eu também fico ansioso para  receber um novo dia. Se você pensar bem, nenhum dia é igual ao outro. Cada um reserva-nos, algumas surpresas. Uma semente brota, uma flor se abre e um amigo lhe deseja um bom dia sorridente...

A barra do dia, nome de meu último livrinho, é aquele momento de indefinição, onde você vê o contorno das coisas, mas tais coisas ainda preservam seus mistérios. Aos poucos, as sombras da noite vão sendo expulsas pelo brilho radiante do sol. Quando o dia amanhece a cada janela que abro recebo um beijo de Deus.

Mas, conforme eu já disse, nenhum dia é igual ao outro. Alguns são ensolarados e reluzentes, outros nublados e carrancudos. Alguns já acordam cobertos pelos véus prateados das chuvas ou pelo sacudir retumbante dos trovões. A natureza toda é especialista em nos reservar surpresas. Hoje mesmo, fui surpreendido por uma coroa de Amarílis vermelhos no jardim da Rádio Santa Cruz (foto em destaque no início desse texto). O canteiro estava ressequido e sem vida, além de pisoteado pelos trabalhadores que reformaram o muro.

Mas, bastou uma chuvinha para que a flor brotasse desperdiçando beleza num vermelho rubro cor de sangue. E é assim que tudo acontece: - Uma árvore ressequida e sem vida no inverno, veste-se, inteiramente, de festa na primavera;  A terra abrasada de uma estação entra em cio na outra.  Até os pássaros que guardam seus instrumentos  ao cair da noite montam suas orquestras na barra do dia. 

Existem também os pássaros com vocação de seresteiros e não perdem uma única noite de lua para suas apresentações. A lua também nunca deixou de brilhar, a seu tempo, desde que o mundo é mundo. 
Diante desse vulcão de transformações constantes e de alternâncias eternas como alguém pode reclamar de rotina. Rotina? Que significa isso numa natureza que se renova todos os dias?   

Diante desse grande “liquidificador ligado” como não se perder, por completo, embriagado pelo movimento pulsante da vida? É preciso olhar para um ponto imutável a que chamo de Deus. Deus é minha referência. O dia pode ser de vento ou de chuva, de agito ou calmaria; a realidade pode ser escura ou luminosa, estática ou dinâmica, mas, dentro dela a bússola que me guia aponta sempre para Deus.

Posso estar num trem, navio ou avião, posso estar até mesmo numa nave espacial, tudo pode mudar, mas eu não me perco nas mudanças porque sou orientado por Deus. Assim, como algumas abelhas se agarram às pedrinhas para não serem carregadas pelos ventos eu seguro firme na mão de Deus para nãos ser engolido pelos desafios constantes de uma realidade transitória. 

Tudo muda só Deus é eterno e onipresente!  Sendo assim, posso encontrá-lo por toda parte. Ainda que eu subisse ao mais alto da montanha ou descesse às profundezas do mar, lá também eu o encontraria. Em torno dele tudo agita e dança. Tomara que essa música nunca termine!

Por: Pe. Gabriel
Fotos: Gilmar Souza




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