Confirmando informação divulgada recentemente pelo Jornal da Manhã, em breve a Santanense deverá dar os primeiros passos para a recomposição do seu quadro de funcionários.
Do total de 370, cerca de uma centena de trabalhadores pediu demissão, há cerca de dois meses, alegando extrema dificuldade de conviver com os atrasos salariais da empresa, desde que ela suspendeu as atividades.
A falta de esperança, em relação a uma retomada da Santanense, levou esses trabalhadores para outras indústrias de Pará de Minas, principalmente a Granvita e a Itambé.
Mas aí veio a notícia surpreendente, de que a gigante asiática Shein assinou acordo de cooperação com a empresa, e a situação mudou radicalmente.
A direção da Santanense mantém o posicionamento de não fazer declarações à imprensa, mas o Jornal da Manhã apurou que a empresa pretende recompor o quadro funcional.
E o Jornal da Manhã também apurou que a recomposição pode acontecer até com certa facilidade, porque muitos dos que foram trabalhar em outras indústrias estariam dispostos a voltar, pela vocação têxtil.
Ainda segundo as fontes, a Santanense estaria planejando a reativação dos teares no mês de junho ou julho e a expectativa dos funcionários, que continuam em período de licença remunerada, é que a partir daí ela amplie as atividades e também coloque em dia os benefícios.
O pagamento dos salários já foi atualizado, mas a empresa ainda deve 4 vales-alimentação, no valor de R$535,00 cada, além de 240 litros de leite para cada funcionário, correspondentes aos atrasos de 4 meses.
A outra boa expectativa dos trabalhadores em relação à parceria com a Shein está ligada ao fato da gigante asiática já ter anunciado que vai investir no Brasil cerca de R$750 milhões nos próximos anos, com o objetivo principal de estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil.
Foto: Reprodução Luís Paulino/Jornal Diário
