Servidores das forças de segurança de Minas Gerais realizam hoje uma assembleia-geral da categoria para debater o futuro do chamado estado de estrita legalidade. O movimento está previsto para acontecer a partir das 13h, em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, e deve unir policiais civis, militares e penais, bombeiros e agentes socioeducativos.
Eles cobram o pagamento de perdas inflacionárias, no valor de 35,44%, considerando o período de 2015 a 2022. Diversas reuniões já foram realizadas entre os representantes das categorias e do Governo de Minas, mas nenhuma conversa terminou com um acordo próximo de ser alinhado.
Na semana passada, inclusive, deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia convocaram a secretária Estadual de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, e o secretário de Governo, Igor Eto, para esclarecimentos a respeito da possibilidade de pagar a recomposição e sobre a falta de efetivo na Polícia Civil.
O Jornal da Manhã conversou por telefone com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), Wemerson Oliveira. Ele disse que o governador Romeu Zema não valoriza os trabalhadores da Segurança Pública e ainda criticou o projeto apresentado pelo gestor que prevê o aumento salarial dele em quase 300%.
Diante das consecutivas tentativas frustradas de um acordo com o Estado, Wemerson não descartou uma manifestação mais rígida, como por exemplo, uma paralisação total das atividades por parte das forças de segurança. Essa possibilidade será debatida no movimento de hoje.
O Jornal da Manhã solicitou um posicionamento da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública a respeito das reivindicações dos servidores, mas até o fechamento desta reportagem não recebemos nenhum retorno.
Foto: Ricardo Barbosa/ALMG
