Os casos de febre chikungunya aumentaram assustadoramente em Pará de Minas neste ano. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica Estadual de Saúde, a cidade já registrou 119 casos confirmados, um crescimento de mais de 2.800% na comparação com o ano passado, quando foram notificados 4 pacientes com a doença.
Para se ter ideia do que representa esta informação, a quantidade de casos confirmados até ontem é maior que o número de notificações entre 2016 - início da toda série histórica feita pela Secretaria de Saúde - e 2022. Neste período, foram apenas 12 casos confirmados.
Os números sobre a chikungunya estão disponíveis no Painel de Monitoramento das Arboviroses. Não há nenhuma morte em decorrência da chikungunya em Pará de Minas.
Em Minas Gerais, a doença também ganhou intensidade agora em 2023. De janeiro a julho, foram mais de 61 mil registros, contra 5.700 no mesmo intervalo do ano passado, uma alta de 979%.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a febre chikungunya foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2014. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos.
O paciente também pode ter dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. O início dos sintomas pode levar de dois a dez dias para ocorrer, que é o chamado período de incubação do vírus.
A principal forma de prevenção é a eliminação do mosquito vetor. No inverno, é comum a proliferação do mosquito diminuir, mas os cuidados da população devem ser constantes, pois o vetor ganhou muita força na cidade nos últimos anos.
Com relação à dengue, outra doença transmitida por ele, o Painel de Monitoramento mostra que Pará de Minas registrou 980 casos confirmados em 2023 e um óbito continua em investigação.
Foto Ilustrativa: Ascom - Prefeitura Municipal de Pará de Minas