Criminosos estão utilizando uma nova estratégia para aplicar golpes em clientes bancários. Chamado de “golpe da falsa central” ou “golpe da atendente virtual”, a ação consiste no contato com as vítimas se passando por uma espécie de secretária eletrônica dos bancos.
Funciona da seguinte forma: o estelionatário liga para a vítima e simula uma voz de robô, semelhante às vozes de atendentes virtuais. No contato, a falsa tecnologia diz que houve uma tentativa de compra, em valor alto, com o cartão de crédito da pessoa.
Em seguida, ela pede para o cliente digitar “1” ou “2”, confirmando se é ele ou não quem está fazendo a suposta compra. A partir do momento em que o cidadão diz que não é ele, o estelionatário afirma que é necessária atualizar o cadastro no sistema do banco e, por isso, solicita a confirmação de uma série de dados pessoais, como CPF, número e senha de cartão de crédito.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o truque usa as Unidades de Resposta Audível (URAs) das instituições financeiras, uma tecnologia que permite que os clientes interajam com o sistema de atendimento das empresas. Desta forma, o contato passa mais “credibilidade”.
Ainda segundo a Febraban, trata-se de golpe de engenharia social, que é aplicado através de técnicas para enganar o indivíduo para que ele mesmo forneça informações confidenciais. Atualmente, cerca de 70% das tentativas de golpes têm origem na engenharia social, de acordo com a entidade.
Para se prevenir, o cliente nunca deve fazer ligações para números de telefonerecebidos por meio de SMS ou mensagens de WhatsApp ou Telegram. Sempre que tiver dúvidas, basta ligar para os canais oficiais do banco.
Outra orientaçãod a Febraban é que as instituições financeiras ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outras informações pessoais, além de transferências ou Pix.
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