É crítica a situação dos funcionários da Cia de Tecidos Santanense em Pará de Minas. A expectativa deles em receber o salário de dezembro dias atrás frustrou e a categoria está aflita, não só pela falta de dinheiro no bolso como pela ausência de informações. A fábrica, localizada no quarteirão da avenida Alano Melgaço com a rua Doutor Higino, está parada desde novembro do ano passado.
No início, a suspensão das atividades foi justificada com a falta de matéria-prima no mercado, mas depois disso não houve mais informações. Segundo fontes, o silêncio da diretoria é tão grande que nem mesmo supervisores ou encarregados de turnos receberam qualquer informação. O portão de entrada continua fechado e ninguém tem acesso ao recinto.
Além do salário atrasado, os trabalhadores não receberam o adiantamento, geralmente pago no dia 20 de cada mês. O tíquet alimentação, no valor de R$700,00, só teve 50% do valor pago. Vários funcionários já tentaram acesso a algum representante da diretoria, que continua incomunicável. A situação vista em Pará de Minas é semelhante à de Itaúna, onde fica a matriz da empresa.
Lá os funcionários também continuam em casa, com salários e benefícios atrasados. A incerteza de uma nova crise está deixando os funcionários aflitos e alguns deles organizam um manifesto programado para esta manhã, no centro da cidade. Os trabalhadores já acionaram o Sindicato dos Tecelões de Itaúna que, por sua vez, levou o caso ao Ministério Público do Trabalho pedindo a instauração de um inquérito, mas o órgão indeferiu a solicitação.
Mais uma vez, o Jornal da Manhã tentou acesso à diretoria da empresa, mas não obteve retorno. O espaço continua aberto.