Depois de meses de investigação, o Ministério Público de Minas Gerais ofereceu denúncia referente à operação batizada com o nome de Gola Alta. Ela foi deflagrada em maio deste ano, com o objetivo de apurar o envolvimento de vereadores e uma servidora pública, além de empresários de Divinópolis, em crimes de corrupção.
A investigação foi desenvolvida de forma conjunta pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, através da Regional de Divinópolis. O alvo da operação era a existência de um esquema criminoso na Câmara de Divinópolis, envolvendo dois vereadores para a proposição e aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano, mediante pagamento de propina por parte dos empresários interessados.
Segundo a denúncia, oito dos empresários investigados admitiram o pagamento de propina aos dois vereadores. O Ministério Público calcula que o valor tenha chegado aos R$300 mil. Além da denúncia de prática de diversos crimes de corrupção passiva, um dos vereadores também deverá responder pelo crime de lavagem de dinheiro. O juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis mantém o afastamento de um dos vereadores denunciados, desde o mês de maio.
E agora, também afastou o outro parlamentar que vinha trabalhando normalmente. Ambos estão proibidos de entrar na Câmara Municipal. A Justiça também decretou o sequestro de parte dos bens dos dois. Os trabalhos investigativos foram intensificados ultimamente, inclusive com a análise dos materiais apreendidos, ao mesmo tempo em que diversas testemunhas e pessoas investigadas eram ouvidas.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela Assessoria de Comunicação Integrada do Ministério Público de Minas Gerais. Como os processos continuam em andamento, todos têm direito de defesa.
Foto Ilustrativa: Reprodução MPMG
