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Falta de peças vira o setor automobilístico de cabeça para baixo

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As dificuldades das fábricas e demais empresas do ramo para conseguir os componentes necessários para a produção dos veículos ou manutenção dos mesmos travou o crescimento do setor e, segundo especialistas, não há previsão para normalização em curto prazo. 

Um exemplo claro e recente dessa situação foi o resultado da produção de veículos em julho, que teve retração de mais de 4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A própria entidade admitiu que a baixa na fabricação se deve à interrupção das linhas de montagem em várias fábricas pela falta de peças, especialmente os semicondutores, que são componentes de chips presentes até em carros mais populares, responsáveis por partes do painel eletrônico e dos freios ABS.

Quem está sentindo de perto os efeitos desse problema são as concessionárias, caso da Pavepe, por exemplo. O empresário Nelson Grassi Melo Franco acredita que um dos motivos para a falta das peças seja a alta demanda por veículos que surgiu após a pandemia, volume que o mercado não está conseguindo atender.

Mas não apenas as montadoras e concessionárias que estão com problemas. A falta de peças transformou-se em um efeito cascata e afetou toda a cadeia automotiva. Nas oficinas mecânicas e casas de peças, por exemplo, também há dificuldade para encontrar determinados insumos. 
Segundo o mecânico Joel Teodoro Gonçalves, proprietário da Auto Mecânica e Peças Gonçalves, há casos em que um veículo fica até uma semana parado na oficina até que a peça seja encontrada. 

Diante da situação, tem sido ainda mais necessário a boa comunicação e transparência com o cliente para que ele possa entender a situação enfrentada pelo mercado.

Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, além da alta demanda por veículos, conforme foi citado pelo empresário Nelson Grassi, a quebra da cadeia logística por causa da pandemia de covid-19, como por exemplo o fechamento de portos, foi outro fator determinante para a falta de peças no mercado. 
A entidade acredita que o desabastecimento continuará ao longo de 2021 e só deverá ser normalizado a partir de 2022, caso não haja mais nenhuma onda agressiva de contaminação pelo coronavírus.

Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: crescentdsgn/pixabay.com






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