Um pedido de vistas sobre o projeto que trata das diretrizes orçamentárias de 2024 adiou o recesso parlamentar da Câmara de Pará de Minas, previsto para ontem.
É que o vereador Dilhermando Rodrigues, o Dilé, pediu o adiamento da votação do projeto que recebeu quatro emendas na Câmara, sendo três da Comissão de Legislação e Justiça e uma de sua autoria.
Dilé defendeu o direito de os vereadores terem acesso à chamada emenda impositiva. Ela permite a cada um deles a oportunidade de destinar recursos para obras e serviços considerados importantes, sendo a maior parte para setores da saúde pública.Esses recursos seriam liberados pela prefeitura, através da receita municipal do próximo exercício.
Desde que a emenda foi apresentada, o vereador vem recebendo críticas nas redes sociais sendo, inclusive, acusado de ter tomado uma iniciativa eleitoreira, tendo em vista as eleições do ano que vem.
Ontem, Dilé rebateu as críticas no momento em que pedia o adiamento da votação da polêmica matéria. Disse que seu objetivo foi distorcido e para que a população tenha, de fato, a oportunidade de entender melhor o assunto ele propôs uma reunião nesta quinta-feira, às 16 horas, antecedendo a votação da semana que vem.
Falando ao Jornal da Manhã, o vereador lembrou que a emenda impositiva já existe em Pará de Minas desde 2015, acompanhando movimentos de outros municípios brasileiros. Ele pede a presença de todos os vereadores e da população em geral:
Dilé ainda chamou atenção para o fato de o município receber muitas emendas conseguidas por deputados que representam Pará de Minas, por isso não vê problemas em possíveis indicações feitas pelos vereadores, uma vez que eles conhecem de perto a realidade da população. E para a possibilidade da emenda de sua autoria ser aprovada, ele já defende a realização de uma audiência pública onde a destinação dos recursos será definida:
O presidente da Casa, Márcio Lara, reforçou o convite para a reunião desta quinta-feira à tarde, afirmando que a presença de populares é muito importante.
Caso aconteça outro pedido de vistas ao projeto, na semana que vem, a presidência da Câmara deverá convocar então uma reunião extraordinária, já que a votação precisa acontecer antes do recesso.
