Pará de Minas não deve aderir, pelo menos por enquanto, ao chamado passaporte da vacina, medida que exige a comprovação da imunização contra a covid-19 para acessar espaços coletivos públicos.
Essa regra já foi aderida por cinco estados e mais de 200 cidades em todo o país, sendo a maioria nas regiões Nordeste e Sudeste. Em Minas Gerais, embora Belo Horizonte não exija a comprovação, municípios de grande porte implantaram a medida sanitária, como Juiz de Fora, Varginha e Poços de Caldas.
A justificativa para a comprovação da vacinação contra a covid-19 é de incentivar as pessoas a se protegerem contra o coronavírus, aumentar a cobertura vacinal e provocar a redução na circulação do vírus.
Apesar de ser vista com bons olhos, a medida não é considerada como necessária para o atual momento em Pará de Minas. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o secretário Municipal de Saúde, Wagner Magesty, disse que conta com a colaboração dos paraminenses, mas faz o apelo para que as pessoas não se esqueçam da segunda dose.
Segundo dados do Vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde, mais de 70 mil pessoas receberam a primeira dose em Pará de Minas, enquanto quase 50 mil completaram o esquema vacinal. O tema passaporte da vacina também está sendo discutido no Congresso Nacional. Um projeto de lei, criando o Passaporte Nacional de Imunização e Segurança Sanitária, já foi aprovado no Senado e agora tramita na Câmara dos Deputados.
Outra proposta, esta tramitando no Senado, prevê a comprovação específica para estabelecimentos educacionais públicos ou privados, para o retorno e continuidade das aulas.Para especialistas, a comprovação da imunização apenas não é suficiente para conter a disseminação do vírus. Segundo Jorge Pinto, imunologista clínico e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, a comprovação precisa estar associada a um conjunto de medidas sanitárias, dentre elas a ampliação do acesso aos testes para a covid-19.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação
