O setor têxtil, que há alguns anos vem enfrentando problemas no Brasil para manter suas fábricas em funcionamento, deve continuar enfrentando esse desafio ao longo de 2024.
Com mais de 1,5 milhão de trabalhadores, o segmento é um dos maiores empregadores do país. Mas este número segue caindo devido às expectativas nada otimistas para o mercado de tecidos e confecções.
A previsão é de um crescimento entre 0,5% e 0,9% em todo o ano. E este percentual tímido é consequência do avanço das gigantes asiáticas que vêm ganhando cada vez mais espaço ao comercializar seus produtos a preços muito mais baixos que a indústria nacional.
Seja na venda do tecido ou mesmo das peças de vestuários já prontas, através de plataformas online, os produtos estrangeiros vão invadindo o mercado, conquistando o gosto e o bolso do consumidor, impactando negativamente no mercado interno.
Este comportamento do mercado e dos consumidores já é notado em Pará e Minas há algum tempo. De acordo com Neuler Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, a influência chinesa no mercado tem afetado o funcionamento das indústrias também por aqui.
O sindicalista defende a criação de políticas de valorização do produto nacional, através da criação de incentivos para a indústria, que sejam capazes de dar igualdade de condições para competir com o mercado externo.
