As idas ao supermercado têm se revelado difíceis para os consumidores. Depois da alta do arroz, que é um dos itens essenciais da dieta dos brasileiros, o preço do óleo de soja também impressiona. O produto subiu 65% neste ano e já é o terceiro item com maior alta do ano, perdendo apenas para o limão, que aumentou 67% e o morango com 67,5%.
O caso do óleo chama mais atenção por também estar na lista dos itens essenciais da cesta básica. Os números são do IPCA de outubro, considerado uma prévia da inflação oficial medida pelo IBGE, o que comprova que o aumento não é percebido apenas por aqui, mas em várias regiões do Brasil. Ao chegar ao supermercado e encontrar uma garrafa de óleo de soja por R$10,00 os consumidores disparam reclamações junto a órgãos como o Procon, na tentativa de conseguir algum recurso para baixar o preço.
Nesse sentido, o JM tem recebido várias indagações de que o órgão de defesa do consumidor não estaria realizando as vistorias, já que os preços continuam subindo. Nós levamos o assunto até o advogado Bruno Soares Souza e ele garantiu que uma primeira leva de fiscalizações já foi feita, inclusive com toda a análise de notas fiscais, mas não foi detectada nenhuma irregularidade.
Segundo Bruno, os fiscais perceberam que os supermercados têm apenas repassado os preços praticados ao longo da cadeia produtiva, sem qualquer abuso. Bruno garante que o Procon continua trabalhando, inclusive com uma pesquisa mais abrangente, para que os abusos sejam combatidos e os estabelecimentos irregulares recebam as devida punições, quando necessário.
Sobre o aumento excessivo de preços, Bruno Souza aponta que o desequilíbrio entre o mercado interno e externo pode ser a explicação para o cenário de alta nos itens da cesta básica.
Segundo o advogado, enquanto a situação não se normaliza, a orientação é que as pessoas continuem fazendo suas pesquisas de preço. O ideal é trocar as marcas ou mesmos os estabelecimentos, na tentativa de encontrar um preço mais em conta.
