No início da noite de ontem o presidente Lula reuniu os governadores de todos os estados brasileiros e recebeu apoio deles, incluindo Tarcísio de Freitas, de São Paulo, que afirmou que a democracia sairá mais forte. Lula afirmou que os criminosos não tinham pauta e que a ação foi premeditada.
Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que os ataques foram financiados e entre os suspeitos de patrocinar as ações estão empresários do agronegócio. Já foram identificados patrocinadores em 10 estados.
O Ministério da Justiça anunciou também que recebeu mais de 13 mil emails com informações de pessoas que invadiram a sede dos Três Poderes em Brasília. O governo federal criou o e-mail denuncia@mj.gov.br para receber as denúncias. Mais de 1.200 pessoas foram presas, além dos 309 em flagrante.
Nos estados brasileiros, governadores determinaram policiamento intensificado a partir de hoje, sobretudo em prédios de instituições públicas. O governador Romeu Zema foi um dos primeiros a anunciar a medida, justificando que ela tem em vista a manutenção da democracia em Minas.
A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que todos os vídeos e conteúdos favoráveis às invasões dos Três Poderes estão sendo removidos e os usuários serão bloqueados das redes.
De acordo com a Meta, os atos foram classificados como violação das regras das plataformas. Em comunicado, a empresa diz que as eleições de 2022 já foram consideradas de alto risco e vários conteúdos foram removidos durante a campanha eleitoral.
E ontem à noite, manifestantes se reuniram nas principais capitais do país, em ação organizada por centrais sindicais, movimentos sociais e torcidas organizadas de clubes de futebol. A pauta entoada pelos participantes era pela defesa da democracia, em resposta às ações lamentáveis ocorridas em Brasília, no domingo.
Foto: Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
