A declaração do vice-governador de Minas, Mateus Simões, de que os salários dos servidores públicos poderão atrasar em 2024, deixou o funcionalismo estadual preocupado e pode frear até o consumo nestas próximas semanas. Segundo ele, se o Governo de Minas não aderir ao Plano de Recuperação Fiscal até dezembro, que é o fim do prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal, a partir de fevereiro faltará dinheiro para a folha de pessoal.
A dívida que o Estado deve pagar ao Governo Federal no ano que vem é de R$18 bilhões e o caixa não vai aguentar. O governo Zema parou de pagar a conta em 2017. Mateus Simões disse que queria muito que a União perdoasse essa dívida, que aceitasse a redução dos juros, mas ele acha pouco provável que isso venha a acontecer.
A declaração do vice-governador tirou o fôlego dos servidores estaduais e muitos já decidiram que vão diminuir os gastos neste fim de ano na expectativa de fazer uma pequena poupança para a eventualidade de um atraso. Essa tendência de comportamento já preocupa o comércio varejista, que tem esperança de recuperar nas próximas semanas parte da queda acentuada nas vendas. O ano está sendo muito difícil para o comércio físico e a esperança de muitos é faturar mais com a chegada do 13º.
Foto: Gil Leonardo/Imprensa MG
