Demorou, mas a conta chegou. Depois de meses de advertências, com solicitação de medida resolutiva, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente tomou a decisão de multar quatro empresas de Pará de Minas que vinham poluindo o Ribeirão Paciência e seus afluentes, caso do Córrego Água Limpa e do Córrego do Peão.
As denúncias se avolumaram nas últimas semanas, tanto aqui no Jornal da Manhã como nas redes sociais, através de imagens que mostravam a sujeira da água e centenas de peixes mortos, devido à falta de oxigenação. O odor em determinados trechos do curso d’água também era insuportável.
No mês de junho, fiscais ambientais recolheram amostras da água e encaminharam os recipientes para o laboratório especializado credenciado junto ao município. O resultado foi apresentado nesta semana, confirmando a irregularidade.
Desde então, a Secretaria de Melo Ambiente tem expedido as notificações para as empresas responsáveis pela poluição, mas como se trata de um procedimento complexo, que exige relatórios extensos, cópias de laudos e outros documentos, somente daqui a uns 15 dias é que a comunicação será do conhecimento de todas.
De acordo com a secretaria, os laudos indicam “resultados fora das normativas da legislação vigente, com alto comprometimento da qualidade da água e, consequentemente, do meio ambiente”.
Os técnicos realizaram a inspeção em toda a calha urbana do Ribeirão Paciência. As quatro empresas, cujos nomes não foram revelados, serão multadas pelo lançamento irregular de efluentes poluidores.
Três empresas estão recebendo notificação de multas, já a quarta terá suas atividades embargadas pela prefeitura. Isso significa que ela ficará impedida de exercer suas atividades até regularizar a situação.
O valor das multas não foi divulgado, mas o Jornal da Manhã apurou junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente que esse tipo de infração costuma gerar multas acima de R$1 milhão. O caso será encaminhado ao Ministério Público. As empresas têm direito de recorrer.
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