O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem à noite pela redução da Selic ao menor índice dos últimos 16 meses. O corte definido pela instituição será de 0,5 ponto percentual na Taxa Básica de Juros, derrubando o índice para 12,75%.
De um modo geral, especialistas da área econômica definiram como acertada a decisão do Copom, considerando o aumento do preço do petróleo e as incertezas da política fiscal.
Embora alguns analistas tenham apostado em um corte mais radical, a maior parte deles avalia que a redução de 0,5% é apropriada, uma vez que o cenário ainda exige cautela, pois os juros mais longos estão subindo consistentemente frente ao receio da política fiscal.
Isso acontece porque, só nos primeiros seis meses do ano, o governo já atingiu um déficit fiscal de R$ 100 bilhões, o que mostra uma postura expansionista que ameaça pressionar a demanda no futuro.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) surpreendeu positivamente, ao registrar um aumento de apenas 0,23%, abaixo das expectativas do mercado, que esperava 0,28%, indicando um cenário inflacionário relativamente estável.
Além disso, os núcleos de inflação e os serviços se mantiveram estáveis, com médias entre 0,25% e 0,3%, indicando sinal verde para os diretores da autoridade monetária ao sugerir uma estabilização da demanda. A próxima reunião está marcada para o fim do mês de outubro.
Foto: Reprodução Marcello Casal Jr/Agência Brasil
