As altas temperaturas registradas desde outubro e os temporais que estão caindo na região afetaram drasticamente a produção de verduras, frutas e hortaliças. O resultado é sentido nos sacolões, supermercados e feiras livres, onde os produtos já não apresentam tanta qualidade quanto antes e são vendidos a preços elevados.
Em Belo Horizonte, por exemplo, o site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgou um levantamento mostrando o aumento do preço de verduras e frutas de setembro a novembro. Alguns números impressionam, como o aumento de 84% da batata inglesa.
Ainda na lista se destacam o chuchu, que subiu 83%, a cebola branca, com alta de 63%, e o repolho, 58%. Entre as frutas, os maiores reajustes foram na laranja pera rio (36%), banana prata (28%), abacate (24%) e morango (21%).
O empresário Otávio Vilaça dos Santos, o popular Tavinho, do Sacolão do Tavinho, que atua no ramo há 35 anos, confirma o cenário também em Pará de Minas.
Segundo ele, é comum o aumento do preço de alguns produtos em determinadas épocas do ano, mas, desta vez, os fenômenos climáticos foram extremos, afetando boa parte das produções.
Tavinho deu exemplos de produtos que encareceram nas últimas semanas por causa da onda de calor e as fortes chuvas.
O consumidor também está assustado com os preços. Eliete Pereira dos Santos diz que está tendo de adaptar as compras do mês para não ficar sem verduras e frutas em casa.
Um dos principais motivos para as temperaturas extremas, o fenômeno El Nino deve continuar até abril de 2024, portanto, as consequências do clima podem se arrastar no ano que vem, mantendo preços elevados de verduras, frutas e hortaliças. Um bom jeito de escapar desses aumentos é fazer uma pesquisa de preços e ser criativo na cozinha, aproveitando ao máximo os alimentos.
