Consumidores continuam manifestando insatisfação com o reajuste de 19,51% na tarifa de água em Pará de Minas. O aumento foi autorizado pela Arsap, que é a entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços prestados pela concessionária.
Alguns consumidores estão ameaçando levar o caso à Justiça, considerando o índice elevado. Na opinião deles, a Arsap não poderia ter autorizado um reajuste maior que a inflação oficial de 2021, que ficou em torno de 10,06%.
Mas a entidade se defende das críticas, informando que desde o início de sua fundação, em 2016, ficou definida uma fórmula de reajuste anual, de modo a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado entre a prefeitura e a concessionária Águas de Pará de Minas.
Segundo a fórmula, o reajuste de tarifas e dos valores dos serviços complementares é calculado a partir de fatores de ponderação, aplicados sobre os índices utilizados no país para medir a inflação, a questão da mão de obra, assim como a tarifa de energia elétrica e outros cálculos referentes aos produtos industriais.
Para os leigos, é uma matemática complicada, mas a Arsap se vale de especialistas no assunto para apurar os índices de compensação financeira e realinhamento de tarifa. Os cálculos foram apresentados durante a reunião do Conselho de Administração da entidade, que tem como presidente Maurício Hegel Jardim.
O cálculo do reajuste é feito sem qualquer interferência da concessionária que presta serviços no município:
Como o reajuste está valendo desde 1º de janeiro, o consumo de água deste mês já vai aparecer com 19,51%.