Dentro das ações do Setembro Amarelo, campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, especialistas estão chamando atenção da sociedade para uma relação cada vez mais forte e que se configura em um grande risco para a saúde mental.
Estamos falando da associação entre redes sociais e suicídio. A popularização e as facilidades de acesso a essas plataformas aliado a uma infinidade de conteúdos compartilhados, muitas vezes de maneira irresponsável, pode desencadear fatores que levam ao autoextermínio, como depressão, ansiedade, angústia, entre outros.
Muitas vezes essas situações passam despercebidas pelos usuários, mas a exposição pública através das novas tecnologias fomenta o cyberbullying, que é a disseminação de calúnias, injúrias ou informações degradantes, além das ofensas e julgamentos influenciados pelo ódio de quem está do outro lado da tela.
Existe, ainda, outro fator que contribui para que pessoas com saúde mental vulnerável cometam crimes contra a própria vida. É o compartilhamento de detalhes, fotos ou vídeos de como as pessoas praticam o suicídio.
Segundo a psicóloga Marina Saraiva, embora seja necessário abordar o assunto para prevenir novos casos, as pessoas não devem repassar esse tipo de informação adiante.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, só perdendo para acidentes de trânsito e homicídios.
Marina Saraiva recomenda que os pais de crianças, adolescentes e jovens acompanhem o que os filhos estão consumindo nas redes sociais e fiquem atentos a qualquer mudança de comportamento.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação
