Enquanto muitos segmentos lamentam a queda dos indicadores de vendas, o mercado de bicicletas vive um momento histórico, de crescimento significativo em meio à pior crise econômica e sanitária das últimas décadas. No ano passado, justamente no período de incertezas sobre o futuro da economia nacional, por causa dos impactos da pandemia, o governo federal registrou a abertura de 4.800 empresas relacionadas ao setor de bicicletas, um aumento de 26% na comparação com 2019.
Segundo dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), de janeiro de 2020 a janeiro de 2021, o índice de vendas das “magrelas” foi 50% superior na comparação com os 12 meses anteriores. O auge aconteceu em julho, quando o mercado teve crescimento de 118% em relação ao mesmo período de 2019. Na avaliação da Aliança Bike, a procura se deu pelo desejo das pessoas em adotar um estilo de vida mais saudável, reduzindo a poluição ao meio ambiente e evitando aglomerações em transporte público.
Mas nem tudo é um mar de rosas para o mercado que, mesmo vivendo um dos melhores momentos, precisa se reinventar para superar os obstáculos. É que a oferta de bicicletas não está conseguindo acompanhar a procura e o desequilíbrio é sentido nas lojas especializadas. Segundo Jairo Mendes, proprietário da Divina Rodas, os fabricantes estão com dificuldades para encontrar os insumos necessários à produção, o que atrasa toda a cadeia de vendas. E o pior, os preços não param de subir:
Como exemplo dessa abordagem de Jairo Mendes, recentemente a BBC Brasil divulgou reportagem informando que a fabricante Oggi Bikes anunciou que toda a produção dos próximos seis meses já está vendida. Dependendo do modelo, a lista de esperar pode chegar a 4 meses. Entre os modelos mais vendidos no país estão as urbanas e moutain bike aro 29”, com preços que variam de R$ 800 a R$ 2 mil.
Fonte: pixabay.com/pt/ - Rádio Santa Cruz FM/Amilton Maciel
