Neste mês a rede de saúde, tanto pública quanto privada, celebra o Setembro Verde. A campanha visa a conscientização e o incentivo à doação de órgãos.
Recentemente, o assunto foi bastante debatido na mídia nacional em virtude do caso envolvendo o apresentador de TV, Fausto Silva, o Faustão, que precisou passar por um transplante de coração.
Agora, as autoridades de saúde querem manter a discussão aquecida, a fim de mostrar a sociedade a importância do gesto e o que fazer para se tornar um doador.
Em Pará de Minas, conforme foi antecipado pelo Jornal da Manhã, o Conselho Municipal de Saúde promoverá, entre os dias 25 e 29 de setembro, a Semana do Transplante de Órgãos, que contará com passeata no centro da cidade, debates e seminários no auditório da Fapam, projeto Salas de Espera nos consultórios médicos do AME, e uma roda de conversa com a participação do MG Transplantes.
A finalidade é justamente levar o assunto ao público de maneira clara, simples e objetiva, sensibilizando o maior número de pessoas para uma possível futura doação.
Em Minas Gerais, o MG Transplantes também está desenvolvendo diversas iniciativas para incentivar mais doações e menos recusas de familiares. Segundo o coordenador do serviço, Omar Lopes Cançado, um dos principais motivos para a alta recusa de doações é a falta de informação.
Dados divulgados pelo MG Transplantes mostram que o número de doações em Minas Gerais está aumentando desde a pandemia de covid-19. Em 2020, por exemplo, foram 1.573 procedimentos efetivados, no ano seguinte, 1.733, e em 2022, 2.003 transplantes. Paralelo a essas boas estatísticas, a média de recusa para a doação de órgãos também cresceu: está em torno de 45%, sendo que, em 2019 chegou a 25%.
Uma das ações anunciadas pelo MG Transplantes para aumentar a taxa de doação foi a retomada dos cursos de diagnóstico de morte encefálica, interrompidos durante a pandemia. Somente este ano, foram treinados cerca de 450 médicos pelas equipes da instituição.
Foto: Reprodução Agência Minas Gerais