A notícia da redução no preço da gasolina animou motoristas e proprietários de postos de combustível, que veem a possibilidade de um pequeno respiro nas vendas e no custo de abastecimento.
A Petrobras reduziu em 4,9% o preço da gasolina vendida às distribuidoras e o novo valor já está valendo. Com a medida, o preço médio de venda da estatal será de R$ 2,71 por litro, uma queda de R$ 0,14.
A expectativa entre os consumidores é positiva, mas o novo preço ainda depende do repasse das distribuidoras para que a redução chegue efetivamente às bombas. Segundo Milton Ferreira de Oliveira, proprietário do Postin, os efeitos são sentidos nos dias seguintes, conforme as novas cargas são entregues.
É que a Petrobras não é a única responsável pela formação do preço. Pela análise do Minaspetro, sindicato do comércio varejista de combustíveis de Minas Gerais, é improvável que a redução chegue aos quase 5% no repasse ao consumidor.
De acordo com a entidade, dois fatores pesam em sentido oposto à baixa dos preços: o aumento na proporção de etanol anidro na mistura e o reajuste de ICMS previsto para janeiro de 2026, de aproximadamente R$ 0,10 por litro.
Sendo assim, a alegria dos consumidores deve durar pouco, com a possibilidade de aumentos em um futuro bem próximo, como reforçou Milton Ferreira.
Esta é a segunda redução anunciada pela Petrobras em 2025. A anterior, em 3 de junho, foi de 5,6%. No acumulado do ano, os preços já recuaram R$ 0,31 por litro, equivalente a 10,3%. Desde dezembro de 2022, a queda total chega a R$ 0,36, um recuo real de 22,4%, já considerando a inflação do período.