O isolamento social é o mais baixo em Minas Gerais desde o mês de fevereiro e Pará de Minas acompanha o relaxamento da população em relação às medidas de prevenção da covid-19.
Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, desde a última onda roxa que os municípios vêm apresentando problemas no distanciamento social. O painel que monitora os índices mostra que atualmente apenas um terço das pessoas cumprem fielmente as medidas.
O descaso com a prevenção é maior entre os mais jovens, justamente a faixa etária que mais está contraindo o vírus e disseminando a doença. É para eles que os infectologistas fazem um apelo, pedindo que se convençam da gravidade da situação.
Aumentou o número de pessoas que circulam nas ruas sem máscaras. Também cresceram as aglomerações nas lotéricas, bares e restaurantes. Os donos tentam evitar ao máximo, mas a clientela não ajuda e como falta gente para fiscalizar, o perigo vai aumentando.
E se já existem muitos motivos para a prevenção da doença que já matou milhões de pessoas no mundo todo, aqui está mais um que merece atenção e boa reflexão.
Vítimas da chamada Covid Longa, que são aquelas que apresentam sintomas mais leves durante semanas e até meses após a infecção aguda, apresentam risco maior de morrer até seis meses depois do teste positivo.
Segundo especialistas, a fase aguda é apenas a ponta do iceberg. Existem diversos efeitos após esse período, como coágulos, derrame cerebral, diabetes e dificuldades respiratórias, além de danos ao coração, fígado e rins, depressão, ansiedade e até perda de memória.
Além disso, os indivíduos pesquisados aumentaram o uso de vários medicamentos, incluindo antidepressivos e aqueles para tratar ansiedade e dor. O uso deles ficou até maior que nas pessoas não infectadas.
Foto: Eduardo Franco/Rádio Santa Cruz FM