A morte de mais uma pessoa em Belo Horizonte, provocada por bronquiolite, que evoluiu para uma pneumonia e depois para um quadro de septicemia, serviu de novo alerta sobre a situação das doenças respiratórias no estado.
O número de internações tem aumentado nos hospitais, com tendência de crescer ainda mais a partir de agora, tendo em vista a proximidade do inverno. Em Pará de Minas, segundo informação da Secretaria Municipal de Saúde, foram mais de mil atendimentos nas unidades da rede pública durante o mês de maio.
A demanda crescente forçou a contratação de mais profissionais e horários de atendimento estendidos em algumas UBS’s. Os consultórios médicos também estão lotados.
O município de Itaúna está vivendo situação semelhante. O Hospital Manoel Gonçalves já divulgou alerta à população, informando que mais de 80% da sua capacidade de atendimento e internações pelo SUS está ocupada.
De acordo com informações levantadas pelos médicos plantonistas, a grande maioria das pessoas confirmou que não tomou vacina contra a gripe. Também foi apurado que muitos profissionais da saúde, que deveriam ser os primeiros a receber o imunizante, estão com a vacina atrasada.
Até mesmo professores, que enfrentam o dia a dia em salas cheias de alunos, estão sem tomar a vacina, o que ajuda a explicar a disparada de casos no município.
A situação também ficou mais complicada em Divinópolis, com o aumento de 150% de ocupação na UPA em apenas uma noite, sendo que mais de 60 pessoas estavam à espera de transferência.
A prefeitura confirmou que atualmente o volume de pacientes está acima da média e isso se deve ao aumento dos casos de doenças respiratórias. Outra medida adotada no município foi a implementação de ações emergenciais, como uso obrigatório de máscaras, monitoramento domiciliar, boletins informativos e outras.
E o boletim semanal InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, indica que os casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta em jovens, adultos e idosos. O documento destaca a alta mortalidade de idosos e crianças de até dois anos de idade, em consequência da doença.
Foto Ilustrativa: Arquivo Jornalismo/Rádio Santa Cruz FM