Considerado um dos principais cartões postais da região em décadas atrás, o Lago Azul está tomado pelos aguapés, em virtude da poluição do Rio São João, afluente que deságua na grande represa.
O que era azul ficou verde e já nem parece mais aquela área que atraía tanta gente e que fomentou o turismo na região, proporcionando lazer e renda à população. Inclusive, nos anos de ouro do lago, muitas pessoas chegaram a comprar chácaras em Carioca, apostando na valorização da riqueza que existia por lá.
Em diferentes oportunidades, moradores e turistas procuraram o Jornal da Manhã para denunciar a triste situação, pedindo ajuda do poder público. Agora, no entanto, as expectativas cresceram, diante do anúncio de que parte da multa da mineradora Vale, pelo atraso na entrega da adutora do Rio Pará, será destinada às revitalizações ambientais.
Do total de R$ 10 milhões ficou acordado entre a mineradora, a prefeitura e o Ministério Público que R$ 8 milhões serão destinados para a criação e revitalização de lagoas no meio urbano.
Embora Carioca seja uma comunidade rural, a notícia entusiasmou muita gente que sonha em ver o Lago Azul revitalizado e se destacando novamente com o bonito espelho d’água.
Em nome da comunidade, Márcio Cecílio e José Geraldo de Assis fazem um apelo às autoridades na esperança de sensibilizá-las com a crítica realidade do lago:
Mesmo que o Lago Azul não seja contemplado pelo dinheiro oriundo da multa paga pela Vale, Márcio e José Geraldo pedem que a Prefeitura de Pará de Minas estude ações que possam amenizar a poluição do lago.
Eles também cobram mais consciência das pessoas que poluem o Rio São João e outros afluentes da região. Por menor que seja a poluição, cada ato representa uma agressão ao meio ambiente e aí chega uma hora que a natureza não consegue suportar mais.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
