A rejeição ao Novo Ensino Médio por parte dos estudantes, professores e especialistas em educação, foi confirmada com a consulta pública realizada pelo Ministério da Educação.
O novo formato, implementado no Brasil durante o governo do ex-presidente Michel Temer, começou a ser aplicado nas escolas há cerca de dois anos e, desde então, diversas críticas surgiram na medida em que os alunos passaram a ter acesso às novidades.
Com a insatisfação levantada na consulta pública do MEC, o governo federal deve instituir algumas mudanças na tentativa de melhorar o quadro. Os diretores escolares estão avaliando o assunto e concordam com parte das críticas.
Alfredo Couto, da Escola Estadual Fernando Otávio, é um deles. O diretor entende que as mudanças precisam mesmo acontecer. E cita como exemplo, os itinerários formativos, que estão entre os temas mais debatidos em relação a esta etapa escolar.
Perguntado sobre as perspectivas de mudança, Alfredo explicou que ainda não há nada de oficial. Ele não acredita que as alterações aconteçam de imediato.
O diretor lembra que desde 2006 a educação brasileira já assistiu a oito mudanças na estrutura do Ensino Médio, sem que os resultados idealizados fossem alcançados. Alfredo acredita que para surtir efeito, as mudanças na educação devem acontecer de forma integral e gradativa, a partir dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Entre as mudanças propostas pelo MEC para o Novo Ensino Médio aparecem a redução do número de itinerários formativos e a ampliação do tempo mínimo destinado ao currículo obrigatório. Para que estas alterações entrem em vigor, será necessária a alteração da lei federal número 13.415 de 2017.
Fotos: Ronni Anderson Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução pixabay