A verba indenizatória paga pela Câmara de Pará de Minas pode acabar. Trata-se do complemento salarial a que os vereadores têm direito mensalmente, a título de custeio das atividades.
Embora seja legal, ela é considerada imoral pela sociedade e representa um valor mensal de quase R$ 2 mil. No ano passado, a maioria dos vereadores abriu mão desse recurso extra que agora pode desaparecer definitivamente.
É que a vereadora Márcia Marzagão acaba de protocolar na Câmara um projeto resolução propondo a extinção do benefício. Segundo ela, o poder público precisa dar bons exemplos e essa situação reflete claramente a disparidade com os trabalhadores da iniciativa privada.
A vereadora afirma que nenhum trabalhador comum recebe ajuda de custo para as atividades do dia a dia. Ao contrário, além de arcar com as despesas ainda são obrigados a pagar impostos altíssimos.
Márcia Marzagão vinha pensando na proposta de extinção da verba indenizatória desde o momento em que se candidatou e deixa claro que vai agir sempre que se deparar com outras situações conflitantes. A vereadora também citou que ao propor o fim da verba indenizatória na Câmara de Pará de Minas está invocando o princípio da igualdade, ao mesmo tempo em que atende a vontade da grande maioria dos cidadãos:
Caso a Câmara aprove a extinção da verba indenizatória, a economia anual será muito expressiva:
Márcia Marzagão disse também que o processo de transformação política do país deve ser iniciado nas casas legislativas:
No projeto, a autora defende que o atendimento às necessidades dos vereadores – tais como papeis, suprimentos de informática e serviços – deve ser feito pela própria Câmara como acontece nas empresas em geral. E quanto à necessidade de eventual utilização de veículos, os vereadores poderão utilizar os carros oficiais da casa, sem necessidade de usar os próprios.
O projeto de Márcia Marzagão já tem seis coautores, que são os vereadores Cleber Gonçalves, Juninho Melo, Roni Barbosa, Luiz Lima, Irene Melo Franco e Leandro Vieira. A expectativa dela é que ele seja aprovado por unanimidade de votos.
Fotos: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM
