Apesar da forte concorrência da indústria do chocolate, com a oferta de uma variedade de tamanhos e sabores de ovos de páscoa, muitos consumidores optaram por valorizar a produção caseira e investir na compra dos ovos de colher.
Especialmente nesta semana, a demanda nas confeitarias foi elevada. Com o auxílio dos canais digitais, que facilitam o atendimento, pedidos e mais pedidos foram chegando e os profissionais estão tendo trabalho para conseguir produzir, enfeitar e embalar os produtos.
Na Confeitaria do José Menezes, por exemplo, a estimativa é produzir até 500 unidades de ovos nesta Páscoa. Segundo o proprietário, toda a equipe está mobilizada para atender aos pedidos.
O ovo de colher ganhou popularidade nos últimos anos. Ele consiste em meia casca do ovo de chocolate com um recheio denso e consistente, que pode ser criado a partir de sabores como brigadeiro, creme branco, doce de leite, maracujá, entre outros. José Menezes acredita que a fama do produto se deve à qualidade da mão de obra local e as sensações que ele causa nos amantes do chocolate.
Apesar da doce e deliciosa sensação de apreciar o chocolate, a Páscoa deste ano está marcada pelos preços salgados dos ovos. Um dos principais insumos, a amêndoa do cacau, sofreu um reajuste de cerca de 30%, impactando os custos para produzir e, consequentemente, os valores de venda.
Segundo José Menezes, a precificação foi um desafio diante do cenário de alta, e foi preciso um planejamento detalhado para amenizar ao máximo o repasse ao consumidor.
Uma das alternativas encontradas pelas confeitarias para oferecer um produto com custo benefício mais vantajoso foi adaptar o tamanho. José Menezes informou que a procura por ovos menores foi grande, portanto, ele incluiu no cardápio o ovo de 200 g, que foi a primeira linha a esgotar os pedidos.
Além de ser uma opção a mais, o ovo de colher também é uma fonte de renda extra para várias pessoas, mesmo as que não têm muita experiência com confeitaria. Esse tipo de produção, inclusive, foi a porta de entrada dos profissionais para este mercado, principalmente após a pandemia de covid-19.
Fotos: Reprodução Instagram José Menezes