Pará de Minas ultrapassou a marca de 10 mil casos confirmados de covid-19. Segundo atualização do Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade chegou a 10.025 exames positivos, 341 a mais que no boletim anterior, divulgado na última sexta-feira.
Se levarmos em consideração as estatísticas da semana passada, os números de covid-19 registrados neste final de semana são expressivos. Entre os dias 7 e11, Pará de Minas teve 252 casos positivos, 89 a menos que o contabilizado neste sábado e domingo.
O boletim ainda aponta mais duas mortes pela doença, referentes a uma idosa de 88 anos e de um idoso de 89 anos. Os dados também revelam que 15 pacientes estão internados e 155 estão sendo acompanhados em casa. Outras 9.574 pessoas se recuperaram da infecção.
Apesar dos altos índices registrados nos últimos dias, a expectativa das autoridades de saúde é pela redução gradativa do número de novos casos de covid-19. A própria Secretaria Estadual de Saúde admitiu que o pico da terceira onda já passou e a tendência é de menos infecções nas próximas semanas.
Alguns fatores indicam que a curva deve começar a perder força na cidade. O primeiro foi a decisão da Secretaria de Saúde de suspender os atendimentos aos finais de semana aos pacientes com suspeitas de síndrome gripal na UBS Nossa Senhora da Piedade. De acordo com a pasta, a medida foi tomada diante da baixa demanda pelo serviço.
Outro indicador é a redução da procura pela realização de testes em farmácias. Na drogaria do farmacêutico Cliford Júnior Resende, o movimento está bem diferente do que foi registrado algumas semanas atrás.
Avaliando os casos estaduais de covid-19 é possível perceber que o vírus perdeu força nos últimos dias. Ontem, o Boletim Epidemiológico apontou 1.797 novos casos de infecção e 46 mortes em um período de 24 horas. Em comparação com a segunda-feira passada, o registro de novos casos caiu pela metade, e se compararmos com a última segunda-feira de janeiro, a diferença é ainda maior, já que naquela data, o estado contabilizou 7.847 novas infecções no período de 24 horas.
O desafio, agora, está sendo repor o estoque de medicamentos usados para fortalecer o sistema imunológico ou atuar em algumas condições desencadeadas pelo coronavírus. Com a explosão de casos em janeiro, houve uma demanda significativa, provocando desequilíbrio no mercado farmacêutico. Cliford Resende comentou a situação.
Atualmente, existem alguns medicamentos que ajudam a combater o vírus ou os efeitos dele e que agem sobre o corpo de diferentes maneiras. Eles são necessários em diferentes estágios da infecção e variam de preço. Contudo, é importante destacar que até agora nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir infecção por coronavírus.
E vários dos tratamentos disponíveis se referem a medicamentos de uso restrito a hospitais. Portanto, a orientação das autoridades e profissionais de saúde é evitar a automedicação e sempre consultar um médico para saber se determinado medicamento será, de fato, eficaz no tratamento.
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