A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) atualizou a situação do Rio Paraopeba após quatro anos do rompimento das barragens da Vale, na Mina do Córrego Feijão, em Brumadinho. O rio foi diretamente afetado pela lama de rejeitos e, desde então, passa por um longo processo de recuperação, com o uso da água para consumo ainda proibido devido aos riscos para saúde humana e animal.
A recuperação do Paraopeba é uma das ações inseridas no Termo de Reparação aos danos causados pela tragédia, acordado entre a mineradora e o Governo de Minas. Segundo dados da Feam, de janeiro até novembro do ano passado, foram removidos 43 mil metros cúbicos de rejeito, número três vezes maior que o observado no período em 2021, quando o serviço foi iniciado.
Segundo a Feam, o motivo para o melhor desempenho do trabalho foi a mudança do método de retirada de rejeitos, já que o primeiro adotado apresentou problemas operacionais ao longo do tempo, não tendo uma eficiência na remoção.
Com a nova metodologia, que passou a ser adotada em março, houve melhora no rendimento operacional da draga com o alcance da média de 344 metros cúbicos por dia. A remoção acontece nos primeiros 550 metros a jusante da confluência com o ribeirão Ferro-carvão. Ao comentar as ações de reparação, Renato Brandão, presidente da Feam, destacou que o objetivo é ampliar esse trabalho em 2023 ao longo do Paraopeba.
Renato Brandão também chamou atenção para a limpeza emergencial de áreas impactadas pelas chuvas na Bacia do Paraopeba. Até novembro do ano passado, foram removidas quase 49 mil toneladas de material. A remoção de rejeitos ainda não chegou à região de Pará de Minas e, até o momento, não há previsão de quando isso acontecerá.
Por aqui, segundo confirmou a concessionária Águas de Pará de Minas, a captação de água do Rio Paraopeba permanece desativada. O monitoramento da qualidade da água do manancial é feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e a concessionária acompanha os relatórios emitidos pelo órgão.
