O Conselho Superior do Hospital Nossa Senhora da Conceição ainda não encontrou os substitutos para os cargos que ficaram vagos na assembleia geral realizada nesta semana. A instituição ficou sem provedor e diretor financeiro, funções que eram ocupadas voluntariamente por André Rufino e Sérgio Marinho, que já tinham anunciado a decisão de se afastar.
O Conselho Superior ainda tentou algumas alternativas, mas ninguém se ofereceu para assumir as funções. O ponto de discórdia tem sido a intervenção da entidade que foi decretada pela Prefeitura de Pará de Minas há quase dois anos. Alguns representantes da Irmandade querem o fim dela.
A situação trouxe reflexos imediatos para a administração do hospital já que pelo estatuto, mesmo sob a intervenção municipal, as medidas administrativas e financeiras precisam de assinatura dos representantes e sem eles isso deixou de acontecer. A maior urgência no preenchimento dos cargos tem relação direta com os funcionários, porque a liberação da folha de pagamentos depende do aval desses diretores.
E por se tratar de uma instituição de saúde a rotina administrativa também exige deliberações diárias. Na Câmara Municipal o vereador Ênio Talma Rezende lamentou a situação. Além de médico ele já foi provedor do hospital:
Ontem o prefeito Elias Diniz se posicionou sobre o assunto, dizendo que retira a intervenção tão logo receba um pedido por escrito da Irmandade do Nossa Senhora da Conceição. Ele disse que só vai precisar de um tempo para fazer o levantamento patrimonial da entidade.
Informou também que vai notificar o Ministério Público sobre o caso em busca de instruções sobre os passos a serem seguidos. Elias lamentou as divergências internas e garantiu que fez muito pela entidade nos últimos meses. Diante da situação ele pretende voltar as atenções para o Hospital Padre Libério, inaugurado recentemente no bairro Senador Valadares.
Foto: Hospital Nossa Senhora da Conceição/Divulgação e Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
