O óleo de soja voltou a pesar no bolso do consumidor. Quem passou pelos supermercados nas últimas semanas já percebeu a alta expressiva do produto nas prateleiras.
Segundo dados do IBGE, em setembro o item registrou aumento de 7,83%, pressionando ainda mais o orçamento familiar. Os consumidores passaram a pesquisar mais os preços, reduzindo o consumo para não comprometer as compras básicas do mês.
Consumidoras como Maria Beatriz e Cláudia Lidiane afirmam que, mesmo comprando marcas alternativas e apostando em promoções, a diferença na soma final do carrinho é perceptível. Em muitos casos, o esforço tem sido para manter o básico, abrindo mão do que antes era considerado comum.
Economistas explicam que o aumento está diretamente ligado ao mercado internacional. Em setembro, o Brasil bateu recorde de exportação de soja: foram mais de US$ 3 bilhões vendidos ao exterior, sendo 92% enviados para a China.
Esse volume foi mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, o que reduziu a oferta interna e elevou o preço dos derivados, como o óleo de cozinha.
Também houve alta nas exportações do próprio óleo refinado. Diante desse cenário, a tendência é de estabilidade em patamares elevados, sem previsão de queda nos preços em curto prazo.
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