O número de catadores de materiais recicláveis independentes só cresce em Pará de Minas, mas isso não quer dizer que a atividade esteja, realmente, dando retorno financeiro.
Na verdade, o que se percebe em todo o país é que o valor pago pelo quilo do material reciclável caiu bastante, deixando muita gente preocupada.
Enquanto o volume de resíduos só aumenta, a rentabilidade da reciclagem despenca deixando em alerta principalmente as associações que agrupam famílias que dependem desse dinheiro para sobreviver.
Na Associação dos Catadores de Recicláveis de Pará de Minas (Ascamp) os trabalhadores já percebem a dificuldade. E ela aparece tanto na hora de encontrar usinas que paguem um valor mais justo pelo material, quanto para encontrar novos colaboradores, diante do aumento significativo de trabalho. O motorista da Ascamp, Elizeu Alfredo, explica a situação:
Elizeu cobra apoio governamental e mais consciência sobre a importância do trabalho dos catadores em relação ao meio ambiente.
Enquanto a situação não muda, os galpões das associações e também os depósitos dos catadores independentes continuam lotados, aguardando uma boa oportunidade para a venda do material estocado.
A boa notícia é que, mesmo enfrentando dificuldades, a classe segue trabalhando, garantindo que o material não seja descartado de forma inadequada pelas ruas e também não acabe desperdiçado no aterro sanitário.
Fotos: Amilton Maciel - Rádio Santa Cruz FM
