Embora Pará de Minas não tenha registrado ocorrências policiais relacionadas às eleições, o pleito foi marcado por muitas reclamações sobre filas e atraso na votação. Na maioria dos colégios eleitorais houve filas na parte da manhã.
E como era de se esperar, a situação foi mais crítica nas escolas estaduais Fernando Otávio e Ademar de Melo, onde funcionam os dois maiores locais de votação de Pará de Minas, abrangendo mais de 11.500 eleitores.
O sol e o calor forte foram um inimigo a mais para quem estava nas filas. Para tentar fugir ou amenizar a altas temperaturas, as pessoas procuravam a sombra, esperando ansiosamente a vez de votar.
Há relatos de pessoas que aguardaram quase duas horas para entrar na cabine de votação.
Além da falta da colinha, outro fator para as filas e o atraso foi o aumento de eleitores aptos a participar das eleições neste ano. Na seção 77 da Escola Estadual Fernando Otávio, a coordenadora Vilma Ribeiro conversou conosco e explicou como esse crescimento influenciou no ritmo de votação.
Nós também ouvimos o chefe do Cartório Eleitoral de Pará de Minas, Moisés Januário Silva. Ele descartou que a causa das filas tenha sido problemas nas urnas e apontou outros fatores que contribuíram para esta situação.
O chefe do cartório registrou apenas problemas normais de urnas, a maioria com solução simples, a partir da reiniciação do equipamento. Das 231 urnas em funcionamento, apenas precisaram ser substituídas, uma em Jaguara, distrito de Onça de Pitangui, e outra na Creche Lar Santa Terezinha, na região central de Pará de Minas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também se pronunciou sobre as filas e disse que uma das possibilidades para essa situação foi uma menor abstenção de votos. Já o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), informou que a formação de filas foi motivada pelo tempo que cada pessoa demora para votar, já que são cinco cargos em disputa e que esse fato é registrado em toda eleição geral.
Fotos: Equipe Jornalismo da Rádio Santa Cruz FM