Quase dois meses após terem as casas interditadas por causa das chuvas que caíram no início de janeiro, moradores do bairro Jardim das Piteiras aguardam uma posição da prefeitura de Pará de Minas sobre a recuperação das moradias. Dez residências e dois galpões, localizados na quadra das alamedas das Caviúnas e do Cedro, foram interditados pela Defesa Civil em decorrência de muitas rachaduras e do eminente risco de desabamento.
De lá pra cá, as famílias afetadas estão vivendo em outros locais, aguardando definição sobre a volta para casa. Algumas foram contempladas pelo chamado aluguel social, que beneficia temporariamente pessoas de baixa renda.
Mas existem situações como a da família de José Nicodemos Júnior, que residia na Alameda das Caviúnas, 192. Ela não se encaixou nos requisitos do aluguel social, devido a renda superior à permitida pelo benefício, e está pagando aluguel de uma casa no bairro Nossa Senhora de Fátima. Embora seja uma residência confortável, José Nicodemos quer voltar para o Jardim das Piteiras. Falando ao Jornal da Manhã, ele explicou os prejuízos que tem enfrentado:
As casas nas alamedas das Caviúnas e do Cedro estão sendo monitoradas pela Defesa Civil de Pará de Minas. Em nota encaminhada ao Jornal da Manhã, o órgão informou que “não realiza perícias em áreas ou imóveis particulares em situação de risco, a fim de levantar fatos geradores dos problemas que os tornaram vulneráveis. Este é um serviço que deve ser providenciado junto a empresas especializadas pelo proprietário ou agentes financiadores, conforme definições contratuais”.
Ainda segundo a nota, as “atribuições da Defesa Civil são aquelas diretamente relacionadas à preservação da vida, por meio da interdição de áreas atingidas por desastres naturais ou acidentes e retiradas das pessoas que têm sua integridade física ameaçada em razão deles”.
Por fim, a Defesa Civil também revelou que é responsável pelo planejamento, coordenação e execução de ações de resposta aos incidentes, visando a segurança das pessoas afetadas. Não há, até o momento, qualquer informação sobre uma possível indenização do município às famílias prejudicadas pelas chuvas.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz/Amilton Maciel
