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Fim da greve na rede estadual: expectativa dos servidores agora é pela briga judicial em torno do reajuste

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Depois de mais de 30 dias de paralisação, os servidores da educação de Minas Gerais anunciaram o fim da greve. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria, em Belo Horizonte, após a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) derrubar o veto do governador Romeu Zema às emendas com reajustes salariais maiores para os servidores da segurança, da educação e da saúde.

No caso dos trabalhadores da educação, compreendendo todas as categorias, as emendas preveem reajuste de 33,24%, referente ao piso nacional que passou a vigorar em fevereiro. Com este reajuste, o salário de um professor da educação básica nível 1 passará de R$ 2.135,64 para R$ 3.131,79 para uma carga horária de 24 horas semanais.

Com o fim da greve, o retorno dos profissionais nas escolas está previsto para a próxima segunda-feira. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um cronograma está sendo elaborado para cumprimento da carga horária anual obrigatória. O diretor da subsede de Pará de Minas do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Rondinelli Alves, conversou com o Jornal da Manhã a respeito do fim da paralisação e avaliou positivamente o movimento.

Compreendendo a região da subsede, como Pará de Minas, São José da Varginha e Florestal, dezenas de escolas foram afetadas total ou parcialmente. A estimativa do sindicato é que cerca de 300 servidores que atuam nesses municípios aderiram à greve. Rondinelli classificou a manifestação como uma das maiores já realizadas em Minas e elogiou a participação dos profissionais paraminenses. 

Ainda na entrevista, ele explicou o reajuste de 33,24%, alegando que o índice é um direito da categoria, cujo recurso para custeio não sairá do caixa estadual.

Como o veto do governador Zema foi derrubado pelos deputados, ele tem até hoje para promulgar os artigos que havia vetado. Se não fizer isso, a promulgação ficará a cargo da própria Assembleia Legislativa.

O caso, no entanto, deve se arrastar por mais tempo, já que o governo de Minas confirmou que entrará na Justiça para evitar a vigência dos artigos 10 e 11, que tratam do reajuste maior que o previsto pelo Estado. Zema alega que o índice proposto, referente à inflação oficial do ano passado, é o máximo que o governo pode pagar para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Foto: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM






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