O transporte público de Pará de Minas voltou a ser discutido na Câmara Municipal, onde os vereadores Márcio Lara, Ronie Barbosa e Irene Melo Franco criticaram a atuação da Turi, concessionária responsável pela prestação do serviço.
O tema foi puxado por Márcio Lara, que citou problemas como defeitos mecânicos nos ônibus, falta de linhas e a longa espera dos usuários nos pontos. Ele ainda questionou o pagamento de subsídios por parte do governo municipal, recurso que a Turi defende em meio à queda na receita e o aumento das despesas e a obrigatoriedade das passagens gratuitas para idosos e pessoas com deficiência.
Márcio Lara usou como exemplo o subsídio de mais de R$230 milhões pago pela prefeitura de Belo Horizonte às empresas do transporte público. Mesmo com esse recurso, ele disse que os noticiários da capital continuam divulgando problemas na prestação do serviço e prejuízos aos passageiros. Para o vereador, a Turi já sabia das dificuldades quando decidiu participar da licitação, portanto, não deve deixar que o transporte seja ineficiente por aqui.
Já a vereadora Irene Melo Franco anunciou uma reunião para esta semana com o superintendente da Turi, Djalma Rocha Júnior, onde ela pretende falar principalmente da comunidade de Matinha. Segundo ela, a falta de linhas nos finais de semana, principalmente aos domingos, tem sido um empecilho para muitas pessoas.
Nos pontos de ônibus, os usuários também não parecem satisfeitos com o serviço. A principal queixa, segundo nós apuramos, é o longo tempo de espera e a superlotação dos ônibus nos horários de pico.
O transporte público também foi pauta de reunião entre os vereadores Ronnie Barbosa e Nilton Reis Lopes com o prefeito Elias Diniz. Após o encontro, Ronnie conversou conosco, anunciando que a prefeitura tem um plano para aliviar o caixa da empresa.
Em resposta às queixas dos vereadores e dos passageiros, a Turi informou que está operando no limite de sua capacidade financeira. Em contato com o Jornal da Manhã, o superintendente Djalma Júnior disse que a empresa ainda não está recebendo o subsídio por parte do Município e está sem condições financeiras para ampliar as linhas, especialmente nos fins de semana.
Segundo Djalma, a orientação inicial era nem ter ônibus circulando aos domingos, mas a empresa tem trabalhado para manter algumas linhas e atender a demanda, mesmo com desequilíbrio entre receitas e despesas, situação que se intensificou após a pandemia.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação
