O Brasil celebra hoje (17) o Dia Nacional da Vacinação, data especial para promover a importância da imunização no controle de epidemias e pandemias, salvando milhões de vidas em todo o planeta.
Tão faladas nos últimos anos em virtude da covid-19, as vacinas foram descobertas há mais de 200 anos, após cientistas perceberem a capacidade do corpo de gerar anticorpos ao receber amostras de patógenos, como vírus e bactérias em estado inofensivo.
De lá pra cá, com o avanço da medicina e o surgimento de novas enfermidades, a vacinação foi responsável pela erradicação ou diminuição da incidência de várias doenças graves, como varíola, caxumba, gripe, tétano, rubéola, poliomielite e, mais recentemente, a covid-19, cujos indicadores de óbitos estão em queda.
Atualmente, a rede pública de saúde mantém o PNI – Programa Nacional de Imunização – que oferece uma variedade de vacinas para todas as idades. Em Pará de Minas, a responsável pelo Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Érica Regina da Silva, diz que a data deve ser valorizada, assim como todos os profissionais envolvidos na vacinação.
Uma boa notícia para hoje é que a cobertura vacinal contra a pólio, que vinha registrando baixos índices na cidade, se aproximou da casa dos 90%, ficando a 5% de alcançar a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. Por outro lado, Érica chama atenção para a baixa procura para o segundo reforço da dose contra a covid, destinada às pessoas com mais de 40 anos.
Conforme Érica explicou, o objetivo é alcançar 70% do público alvo, mas, atualmente, este índice está em mais de 41%, segundo dados do Vacinômetro. Érica Silva informa que as vacinas da covid, assim como para outras doenças, estão disponíveis nas unidades de saúde.
Entre as vacinas disponíveis nas UBS’s está a quinta dose do imunizando da covid-19, que é destinada para pessoas acima de 18 anos imunossuprimidos. Para qualquer dúvida, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa ou ligar no call center da secretaria, no 0800 940 9402.
E os municípios ganharam o apoio dos médicos na mobilização da sociedade em favor da campanha de vacinação contra a poliomielite no país. A adesão se deve ao baixo índice de imunização em todo o país.
A doença foi erradicada do Brasil em 1989, mas pode voltar a circular e até provocar mortes por causa do baixo índice de vacinação. Na tentativa de acelerar a movimentação dos pais, encaminhando suas crianças às unidades de saúde, profissionais da área têm aderido à conscientização.
O Comitê Pediátrico da Sociedade Brasileira de Infectologia tem explicado aos pais, através de vários boletins de saúde, que o que foi erradicado foram os casos graves da doença, mas o vírus continua existindo em sua forma selvagem, sendo encontrado em rios de diversas partes do mundo.
E a existência do vírus circulando no esgoto vira um problema, a partir do momento em que o Brasil não tem cobertura vacinal adequada. Os pediatras são unânimes em recomendar aos pais que levem seus filhos para vacinar, pois a ameaça da volta da doença é real e está batendo na porta.
Fotos: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM
