Pelo calendário nacional hoje é o Dia do Tatuador. A data foi estabelecida em 2007 pelo antigo Sindicato dos Tatuadores e Pierciers de São Paulo, homenageando a chegada do primeiro profissional a atuar no país, o dinamarquês Lucky Tattoo.
Natural de Copenhague, Lucky, que também era marinheiro, desembarcou no Brasil em 20 de julho de 1959, trazendo na bagagem a primeira máquina de tatuar elétrica. Ele faleceu em 1983, mas até hoje é reconhecido como uma das referências da tatuagem no país.
A marcação do corpo é uma arte milenar que se popularizou nos continentes a partir da criação da máquina elétrica e da quebra do preconceito, pois ela já era bastante julgada pela sociedade, alvo de polêmicas e até símbolo de criminalidade.
No Brasil, segundo dados do Sebrae, o mercado cresce 25% ao ano e já ultrapassou a marca de 150 mil estúdios. Em Pará de Minas, o momento também é positivo, com a afirmação de tatuadores experientes e a chegada de novos e talentosos profissionais.
Um dos pioneiros da tatuagem em atividade no município é Valtinho Guedes, que entrou para o mercado há 17 anos. Apaixonado pelos desenhos, ele disse que a inspiração para as tattos veio ainda quando criança, época em que fazia desenhos com canetinhas.
Hoje, quase duas décadas depois, Valtinho vê uma evolução importante para o setor e diz que os profissionais têm muito a comemorar.
Segundo ele, os principais obstáculos do ramo são o preconceito – que vem sendo combatido nos últimos anos – e o medo das pessoas de se arrepender da tatuagem. Existem alternativas para esse último caso, mas aqui vai um recado para os apressadinhos:
Outro desafio citado por ele é o fato de as pessoas quererem facilitar o processo, especialmente no que diz respeito aos incômodos causados pela agulha. Valtinho vê com preocupação o uso de pomadas anestésicas, que podem causar graves efeitos colaterais.
Para quem quer fazer uma tatuagem, a recomendação é pesquisar bem o desenho, a parte do corpo, o artista, o local e se preparar para suportar as dores. Também é importante verificar se o tatuador possui equipamentos certificados pela Anvisa, o que garante mais segurança na prática.
Fotos: Germano Santos Radio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução/pixabay.com