Não é de hoje que a leishmaniose vem mantendo o sinal de alerta ligado em Pará de Minas e, nesta época do ano, o risco é maior por favorecer a proliferação do mosquito-palha, transmissor da doença para os animais, sobretudo os cães.
Embora não haja um levantamento oficial sobre o número de animais positivos para a doença no município, nas clínicas veterinárias o número de casos suspeitos e confirmados tem crescido.
A demanda pelos exames para diagnóstico de leishmaniose também aumentou nos consultórios, segundo confirma o veterinário Carlos Jaime Flister.
Este movimento também é um reflexo da suspensão dos testes rápidos que são realizados gratuitamente pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Segundo Flister, o teste rápido, com resultado imediato, faz com que os tutores tenham condições de tomar decisões aceleradas sobre o tratamento do animal, quando possível.
E na falta do teste, a alternativa é o exame laboratorial, realizado nas clínicas, que demora até oito dias para ficar pronto. O intervalo acaba comprometendo a possibilidade de salvar o pet e evitar a transmissão da doença para os humanos. Diante disso o veterinário defende a realização de campanhas de conscientização e um serviço mais amplo de testagem:
Sobre a suspensão dos testes no CCZ o secretário municipal de Saúde, Wagner Magesty, confirmou a situação. Ele explicou que o material fornecido exclusivamente pelo Estado, através da Regional de Saúde de Divinópolis, está realmente em falta.
O secretário, inclusive, já solicitou esclarecimentos sobre a reposição dos insumos para a realização do exame. Magesty garantiu que caso a resposta não chegue ainda hoje, a Prefeitura de Pará de Minas buscará alternativas para que não haja desassistência em relação à testagem dos animais.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz
