A Polícia Civil ainda não encerrou as investigações sobre a ocorrência que resultou na apreensão de animais silvestres em Pequi. O caso aconteceu na última segunda-feira e envolveu um homem de 31 anos.
Na casa dele, os policiais apreenderam duas iguanas, dois jabutis e uma cobra de origem australiana, que acabara de ser recebida pelo suspeito no momento da abordagem policial. Além disso, também foi encontrado um pássaro da espécie Trinca Ferro, que estava morto em uma gaiola.
O próximo passo da polícia é localizar a pessoa que enviou a cobra para o morador de Pequi. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o delegado Regional da Polícia Civil de Pará de Minas, Carlos Henrique Gomes Bueno, disse que a corporação já tem as informações do autor que encaminhou o animal, mas não deu mais detalhes devido ao sigilo das investigações.
A cobra apreendida pela Polícia Civil é considerada um animal exótico, por não pertencer a fauna brasileira. No nosso país, a legislação determina que é expressamente proibida a criação, reprodução e comercialização de animais silvestres e exóticos sem a autorização do IBAMA e demais autoridades ambientais.
Segundo o delegado, essa não é uma ocorrência típica para a região, mas comprovou como a Polícia Civil está atenta aos crimes contra o meio ambiente. Ele contou como a corporação chegou até o suspeito e qual foi a versão apresentada pelo homem aos policiais.
A cobra recebida pelo suspeito foi encaminhada pelos Correios. Para o delegado, por causa da embalagem e do comportamento do animal era muito difícil a empresa de telégrafos descobrir o que realmente se tratava a encomenda.
O suspeito foi conduzido à Delegacia Regional em Pará de Minas, mas pagou a fiança e está em liberdade. Contudo, ele irá responder por manter animais silvestres e exótico em cativeiro, maus-tratos a animais, e uso de droga, já que na casa dele foi encontrada uma porção de maconha.
